Assim acontece em Amarante, onde
tudo se festeja!
Finais de Maio/ inícios de Junho e
eis que chegam as Festas…
Na passada sexta-feira, foi dia (tarde)
de conhecer a Estância (um lar de idosos, de luxo, da Santa Casa da Misericórdia).
Fica no cume de uma montanha, em
direcção a Fregim.
Cá fora, se esticarmos os braços,
quase conseguimos agarrar o algodão das nuvens e subir ao céu.
Parece-me o local ideal para uma
nova etapa: o fim, ou princípio, dependendo da perspectiva.
Este discurso não pretende ser
pessimista… bem pelo contrário… gostaria muito que sentissem a tranquilidade do
local, o afecto e dedicação das pessoas que ali repousam e trabalham.
No dia 30 de Maio, juntaram-se
pessoas “de boa vontade” e fizeram um tapete de flores pelo jardim da Estância,
para celebrar o final do mês de Maria.
Que bonito ficou!
Que felizes estavam os velhinhos com
as orações e procissão que fizeram.
Até o tempo ajudou com um abraço imenso
de luz com que o sol nos brindou.
O jardim desta casa amarela é uma
varanda para as montanhas e para a espiritualidade.
Colocaria um buda ali no meio para
interiorizar, ainda mais, qualquer oração ou meditação, pratica de Yoga ou
Pilates.
Trata-se de um jardim
verdadeiramente zen…
Conheci duas velhinhas deliciosas… a
D. Graça, de 90 anos, e a D. Arminda de 83.
A primeira, cheia de vida e energia,
de camisola colorida e toda despachada a subir, ora as escadas, ora o elevador…
enfiou o seu braço no meu, falava-me ao ouvido e ria-se com ar maroto… uma
verdadeira delícia… fiquei de voltar para lhe oferecer a foto que tiramos em
conjunto.
A D. Arminda, mais tranquila,
agradeceu por ter estado um bocadinho a falar com ela…
Se aquelas pessoas sonhassem quanto
me dão quando converso com elas…
O dia terminou em noite, com chá,
café e bolachas, na Casa da Calçada, na companhia da mãe, do Orlando e da Rita.
Foi uma conversa animada,
bem-disposta e colorida, a adivinhar as festas de S. Gonçalo do próximo
fim-de-semana.
Adormeci quando os feirantes
chegavam ao largo da Feira para mais uma manhã de mercado, por onde passeei e
fiz algumas compras..
De tarde, claro que adormeci no
cadeirão, ao lado da cama do pai.
Estou sempre a fazer-lhe festinhas e
a cobri-lo de beijos… ele retribui com o seu “beicinho” de consolado e eu não
me canso de o contemplar e aproveitar todos os bocadinhos… sentir as pequenas
grandes coisas da vida.
Antes de o fim-de-semana terminar,
ainda passei pelas lojas de Santa Luzia e dei um pulinho ao Turismo para melhor
aproveitar esta cidade histórica que tanto tem para oferecer, apesar de
pequenina.
Trouxe uma mão cheia de boas
sugestões para novos passeios e novos textos.
Até à próxima!